
Queria ter mais tempo para poder fazer outros trabalhinhos como estes. Estas duas bainhas foram as primeiras que fiz. Adorei.Quando estava a trabalhar, não me dava o sono, nem a fome, nem dava pelas horas passar.
Como se costuma dizer: "Quem me dera no tempo em que fiz esta pequena habilidade". Não posso afirmar, mas teria uns 12 ou treze anos, era ainda muito novinha. Nos tempos livres da escola, possivelmente aos fins de semana e nas férias, ia fazendo algumas das novidades que surgiam. Lembro-me que estes naperons foram muito famosos e por isso também muito difíceis de conseguir, toda a gente os escondia para não se tornarem vulgares
Quem não tem em sua casa, um velho e desactualizado calendário, com uma imagem semelhante à que se vê neste quadro que hoje resolvi mostrar-vos?
Esta bomboneira, inicialmente, era de vidro transparente. Um dia, uma amiga, ensinou-me a técnica do "Esponjado" para decorar uma jarra de vidro. Ficou linda.
Este naperon tem uma história muito longa. Comecei a fazê-lo há catorze anos atrás, quando estava grávida do meu filho mais velho. Devido ao meu "estado", foi necessário interromper este trabalho, porque era urgente pensar no enxoval do rebento (deste, mostrarei mais tarde algumas pecinhas). Agora, todo o tempo era pouco, e o naperon ficou na gaveta . Algum tempo depois, retomei o trabalho e conclui a parte de renda. Dois anos mais tarde, mandei fazer a aplicação do linho a uma costureira. Já estava pronto para ser utilizado, mas, três anos depois, resolvi bordar-lhe um lindo ramo, em ponto cheio, pé de flor e Richelieu. Esperem para ver numa próxima oportunidade, logo que o meu fotógrafo se decida a fotografá-lo.


Sou professora, gosto do trabalho que desenvolvo, da Natureza, e, sobretudo, da minha família.